england made me
Empresta-me teus olhos. Troca comigo a natureza fluídica dos teus humores. Deixa-me ver através de tua vista, já que por trás de teus globos esconde-se um invisível.
Se não posso entrar
Se não posso entrar
Se não posso entrar
então eu fico por fora. Mas movo-me através.
E atravesso a tua forma, atravessa-me uma forma.
Nesse instante, são os relógios que caem ao chão e quebram-se espalhados em fragmentos. E vê-se a possibilidade de um outro tempo. Segundos inflados.
Sobre os cacos, os passos obrigam que se viva uma sempre primeira morte. Ao fundo, nonagenários enrugados cantam as suas ladainhas. Louvam àquilo que desconhecem. Matam a tiros os padres e os cientistas que um dia quiseram tirar-lhes o direito de não saber. E começam uma dança aberrante em corpos que não são seus.